terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cerimônia de abertura do curso de formação de 220 guarda-parques


O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Secretaria Estadual do Ambiente realizaram hoje (21) a cerimônia de abertura do curso de formação de 220 guarda-parques, que atuarão na preservação e fiscalização de todos os parques estaduais, reservas biológicas e estações ecológicas do Rio de Janeiro. Os guarda-parques foram aprovados no último concurso público feito pelo Inea, e deverão ser incorporados às unidades de conservação dentro de quatro meses.
Segundo o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, André Ilha, a primeira turma terá 110 homens, que receberão treinamento por dois meses. Após este período, serão convocados os alunos da segunda turma. As aulas serão ministradas simultaneamente em dois locais: no Centro de Treinamento de Guarda-Parques do Inea, na Estação Ecológica do Paraíso, em Guapimirim; e no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, na região serrana fluminense.
“Fizemos um esforço muito grande para adquirir veículos, uniformes e equipamentos para que eles [guarda-parques] tenham as melhores condições de trabalho possíveis e consequentemente tenham meios para dar o retorno desejado. Queremos que eles sejam uma presença permanente nos pontos de maior visitação das unidades para evitar que ocorram pequenas infrações ambientais, como lixo e acampamento em áreas irregulares, e principalmente, que eles sejam grandes orientadores dos visitantes”, disse o diretor.
O curso abrange disciplinas como prevenção e combate a incêndios florestais; busca e salvamento de pessoas perdidas ou acidentadas em áreas remotas; ecologia, primeiros socorros; animais peçonhentos e relações públicas. “Queremos implementar uma verdadeira doutrina de cuidado permanente com essas áreas naturais protegidas que preservam uma parcela tão importante da biodiversidade da mata atlântica fluminense”, disse Ilha.
Segundo o diretor, os guarda-parques servem também como uma força auxiliar da Defesa Civil estadual na ocorrências de grandes catástrofes, “como ocorreu na região serrana há dois anos e agora nos problemas do início deste ano em Xerém, alguns guarda-parques auxiliaram equipes do Inea na desobstrução e auxilio às vítimas. Nós tínhamos um contingente de 60 homens que foram cedidos pelo Corpo de Bombeiros e que continuam conosco. Eles agora vão se somar aos 220 selecionados no concurso”, disse.
As 19 unidades federais de conservação do estado ainda não contam com um corpo de guarda-parques. O planejamento e fiscalização destes locais tem sido realizados por servidores de carreira, como técnicos e analistas ambientais. A segurança dos parques e reservas é feita por meio de contrato com empresas terceirizadas de segurança e com brigadistas, nos casos de emergência, como incêndios e desastres naturais.
A inexistência destes profissionais descumpre as definições contidas no Decreto 6.515, de 2008, que determina a formação do corpo de guarda-parques para atuar nas unidades de conservação federais. Segundo a assessoria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a falta desses guardas seria devido à questões técnicas e jurídicas que envolvem os contratos de trabalho. De acordo com o instituto, os estados da federação estão sendo os responsáveis pela realização dos cursos de formação, que devem ser levados em breve para a área federal.